sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Justiça norueguesa condenou o ativista de direita


Antonio Carlos Ribeiro

Oslo  - A Justiça da Noruega condenou o ativista de extrema direita Anders Behrning Breivik, de 33 anos, a 21 anos de prisão, a pena máxima na legislação do país. Diante da decisão proferida hoje, dia 24, Breivik riu durante a leitura da sentença, pediu 'desculpas' por não ter matado mais e disse não reconhecer a autoridade do tribunal de Oslo.


Breivik é o autor de dois ataques que mataram 77 pessoas em julho do ano passado. A maioria das vítimas era de jovens. Ele foi considerado um extremista de direita, capaz de responder pelas próprias ações, e sem problemas psiquiátricos, como os advogados argumentaram na defesa. De acordo com as leis norueguesas, a pena pode ser ampliada de forma indefinida, se a pessoa que está presa segue sendo considerada de alta periculosidade.

Breivik negou os argumentos apresentados pela promotoria, durante o julgamento, de que ele sofria de insanidade e e até a petição de que deveria estar sujeito a cuidados psiquiátricos por um prazo indefinido. Segundo ele, suas ações foram uma reação de manifestação política.

À época a Igreja da Noruega se manifestou. "O que é mais natural do que a ansiedade, quando o inimaginável acontece?", indagou a bispa Helga Biflugyen, presidente da Igreja Luterana da Noruega, no sermão pregado na Catedral de Oslo, no dia 24 de julho. E respondeu: "não deixar o medo nos paralisar - não deixe que seu coração se perturbe", inspirando firmeza ao seu rebanho.


No anúncio da sentença o rapaz que cresceu distante do pai, era tímido e se isolava do convívio pediu desculpas por não ter matado mais pessoas. Afirmou ainda que não apelará do veredicto, justificando que é porque não reconhece a legitimidade do tribunal de Oslo para julgá-lo

Desde a prisão, Breivik assumiu o atentado à bomba contra a sede do governo norueguês e ter perpetrado o tiroteio na Ilha de Utoya, perto de Oslo, no dia 22 de julho de 2011. Os dois ataques deixaram 77 mortos. Na ocasião, foi apontado como simpatizante de grupos de extrema direita. E se vangloriou por ser contrário ao islamismo e ao multiculturalismo na Noruega.

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